MOLEIRA

Um blog sobre o contidiano de um cara a beira de vinte e três horas em volta do sol! Por hora é isso só.

10 outubro 2006

Gota forasteira

Tomou o rumo do serviço e começou a desenvolver seu dia, seus olhos estavam pesados como sempre estavam depois que começou a trabalhar, seu sorriso era sincero, mas já demonstrava um pouco de esforço para mostrar os dentes.
_ Oi, bom dia. Dizia ele
_ Bom dia o caralho... Pensava quase em voz alta, mas não falava para não piorar o que já estava achando ruim. Passou esta parte do dia quase que normalmente, seria normal não fosse um choque que tomou e despertou um pouquinho de adrenalina. Foi para casa, almoçou aquela comida gostosa e foi descansar até chegar a hora de cansar de novo, o tempo voou e o despertador começou a xingá-lo. Como ele não podia fazer nada, pois era o culpado, então desativou o apito enjoado e foi para o trabalho com cara de poucos amigos. No caminho reclamam com ele de um problema que ele não tem culpa, em vez de explicar como sempre, mandou o reclamante se virar:
_ Não é meu problema, já disse que nesta parte eu não mecho, se quiser eu te passo o telefone de uns vinte caras que gostariam de resolver seu problema...
Virou-se e foi embora aliviado e com um leve peso na consciência, peso que já estava a ignorar a muito tempo. Chegou no local para trabalhar, sentiu uma lágrima escorrer no rosto, e lembrou que não chorava a séculos, que apenas desciam estas lágrimas solitárias, típicas de um olho irritado.
_ Será que estas lágrimas solitárias querem dizer algo? Será que eu preciso chorar? Será que eu perdi meus sentimentos e estas lágrimas descem para tirar o excesso?
Seu pensamento foi fluindo, fluindo, até que quando se deu conta já estava pensando porque estava pensando nisto e, nem sabia mais em que estava pensando. Voltou ao trabalho e logo depois foi para sua casa.
Fez seu rotineiro leite com chocolate, lembrou que tinha aula no curso pré-vestibular e deitou-se na cama, ao olhar para o teto, um outra lágrima desce de seus olhos e rola até a sua orelha, uma lágrima forasteira que não sabia de onde tinha vindo, uma lágrima triste, sem rumo e sem fim, sem aparente importância, pois ele estava cansado de mais para pensar porque ela tinha escorrido, aliás, ele estava descansando para cansar no dia seguinte.

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