MOLEIRA

Um blog sobre o contidiano de um cara a beira de vinte e três horas em volta do sol! Por hora é isso só.

29 julho 2006

Crônica da teoria do neutro

No cume do meu corpo, há um forno com uma chaminé, e o fogo está alto, por isso decidir lançar o esboço de uma teoria, que comecei a pensar depois que fui agredido sem motivos por um grupo de “funkeiros”, que creio, são desprovidos de várias coisas.
A teoria:
A criança nasce neutra, nem má nem boa, então tudo ao seu arredor influenciará no seu crescimento, por tanto a culpa dos criminosos, não são somente deles certo?
A crônica:
As dores do pato anunciam mais um ao mundo, ele (recém nascido), não sabe o que é certo e o que é errado, não sabe o que é bom e o que é ruim, nem sabe seu nome e muito menos que tem família. Podemos dizer que, de certa maneira ele ainda é neutro. Sendo neutro, não pode ser mau ou bom. Tudo ao seu redor influenciará, desde de um abraço da mãe, até um tom de voz ouvido. É aí que começa a se formar uma mente. Quando uma criança que tem peito, mas não tem carinho da mãe, tem escola, mas não tem estudo, tem comida, mas não tem apetite para comer o fubá suado todo dia, tem mãe e pai, mas não tem apoio, tem pés, mas não tem o tênis, nem o dinheiro para comprar o tênis que o garoto do colégio particular tem, não tem o videogame e não tem como pagar uma hora para jogar no bar onde várias crianças se divertem com o jogo, ele sabe que dói, mas não ensinaram que agredir é errado, sabe que é desonesto, mas não tem esperança em ter dinheiro para comprar o produto roubado. Acaba que uma criança que sabe isto tudo, vê e senti o mesmo tudo sendo resolvido de maneiras erradas, fica “mau” aos olhos da sociedade.
No domingo 23/07/06, eu estava com um grupo de amigos e ouvi uma gritaria fora do normal, ainda mais por ser uma pacata cidade, os gritos iam ficando mais perto, e nosso grupo sentado na escada já previa que os próximos minutos não seriam bons, devido a reconhecermos de quem eram os gritos. Começaram a passar por nós, no momento, passava uma senhora que trabalhava na lanchonete ao lado, enquanto ela trabalhava era xingada pelos “funkeiros” de puta, nojenta, etc... Era agredida verbalmente e quase fisicamente, quando nos viram, começaram a nos agredir da mesma forma, até aí tudo normal, foi então que começaram a lançar objetos contra nós, eram coquinhos, e talvez algumas pedras, a maioria do nosso grupo de sete pessoas se intimidou e até pensou em correr, com razão, mas a maioria disse: é só não se importar que eles vão embora. Um dos coquinhos me acertou na cabeça. Eu vi entre os vinte, a cara do rapaz que me acertou, ele ria, mas eu não via alegria em seu rosto, via apenas desespero, angústia, desesperança. Todos ali eram de um bairro esquecido pelas autoridades e mal falado pelo resto da cidade. Muitos dizem, já vem os “fdp” do mascaranha, mas não, não são filhos da puta, são apenas jovens desprovidos de carga positiva, nasceram neutros, não tem total culpa, eu tenho parte da culpa, você tem, por não conseguir nem ter tentado até hoje, compartilhar cargas positivas com eles...
Hum... Aliás, nem nós temos culpa, fomos criados assim.

28 julho 2006

Mateus diz:
atualizou?
Enzo Qpena diz:
depende de qual foi a ultima vez que tu foi lá.,.,pelo jeito sim.,,.pq ninguém vai lá mesmo.,,.erreaearararereaerera
Mateus diz:
hahahahahahaha
Enzo Qpena diz:
www.moleira.blogspot.com dá uma olhada lá
Mateus diz:
ficou filé demais o plangente (nasceu como morreu)
Mateus diz:
fez um poema arabesco!
Enzo Qpena diz:
valeu! De vez em quando sai alguma coisa
Mateus diz:
pois é, linhas tortas para idéias tortas
mas será que ficarão sempre tortas
se não ousar em confrontar
com a pauta reta de uma dissertação? (referente ao texto "acho que desconfio")
o mundo não é terminado
um texto em prosa não é uma definição
é bom ou ruim fechar a moleira? (referente ao texto do meu blog, onde relatei que fecharia minha moleira com gesso(despistaria minha ignorância))
Enzo Qpena diz:
infelismente ou felismente não sei
Mateus diz:
te fazer uma recomendação, ouve com carinho, leia, Cem Anos de Solidão, talvez te ajuda a chegar numa definição, talvez te ajude a assumir idéias tortas, se isso é bom ou ruim, não faz diferença na verdade
Enzo Qpena diz:
beleza,.,.vou pegar,..,mas acho que minha moleira não vai fechar nunca.,.,nem depois do famoso sono eterno
Mateus diz:
peraí, se o sono é eterno como tem depois? rsrs
Enzo Qpena diz:
reaerare,.vacilei.,.,,.é uma coisa a se pensar,..,.,acho q não tem depois ou não tem sono eterno.,,.só acho também cara.
Mateus diz:
acho q o sono eterno tem q ser igual à eternidade antes de nascermos, se é q o tempo é eterno, talvez algum dia eu descubra, mas, o mais provável é que me esqueça
Enzo Qpena diz:
pior que é.,,.ou esqueçerá ou não descubrirá mesmo
,.,nunca saberemos,,.,. só um coment,.,.,.gostei do que escreveu logo acima
Mateus diz:
valeu cara, se gostou, faça um bom uso, vou-me a ir-se
Enzo Qpena diz:
vou usar mesmo,.,.com sua autorização,,.,.,.inté-se-ia-te-você
Mateus diz:
rsrs
Mateus diz:
flw!
Enzo Qpena diz:
inte

26 julho 2006

Nasceu como morreu

Plangente
Nasceu assim
Nasceu chorando
Não esperou a palmada
Seu primeiro sorriso foi um golpe
Foi irônico
Machucou quem por perto estava
Magoou quem estava longe

Plangente
Cresceu assim
Na escola brincava de não sorrir
Não chamava a professora de tia
A chamava de bruxa ou vó.
No pique bicúda, bicudava sem dó
E ria, quando alguém de dor gemia
E assim foi apelidado de risonho

Plangente
Amadureceu assim
Nas festinhas ficava com as meninas
E as tratava como princesas
Para usar como tapete
Terminava só para vê-las chorar
E ria, mantendo a fama escolar.

Plangente
Envelheceu assim
Exalava cigarro e tristeza
Passava o natal sozinho
Era somente ele e seu ninho
No caixão não estava sorrindo
Porque ria ao ver alguém chorar
Mas só tinha o funerário por lá

Plangente
Morreu assim...



(((((Poema feito num surto plangente)))))

25 julho 2006

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Me acoselharam a dar a volta por cima, segui o conselho. Quebrei a cara, por cima era mais longe.

Desonfio que talvez

A muito não falo diretamente de algo, por exemplo: dissertação sobre política, sexo, mundo, vida, etc...
Estou agora, enquanto meus dedos perseguem as letras, pensado no que falar, e se compensa falar (escrever), desde quando descobri que me desminto todo dia, que parei de fazer essas dissertações. Não sei de nada, tudo que eu falo, depois acho coisa errada, é incrível. É chato, estou constantemente com medo de expor minhas idéias, de comentar certos assuntos, é mais que chato, é triste, é uma bosta! Tento ler jornal para entrar no mundo das informações, mas há quantas informações falsas? Não confio nem no meu amigo, vou confiar em jornalistas e publicitários? Não tenho total confiança em ninguém, desconfio agora até da minha cachorra, pois outro dia, foi só virar as costas e ela abocanhou meu biscoito de maisena, pegou dois de uma vez, acabou com meu café da tarde. Mas voltando ao assunto, não sei de nada, não nem como continuo este texto, não sei nem se devo continuar ou me despedir, a segunda opção seria fugir? Não sei...
Acho então, que é melhor continuar falando em versos e poesias, pois assim mascaro minhas idéias tortas, falsifico minha sabedoria, lustro meu crânio gasto, completo a minha moleira com gesso. Posso até lamber o céu, posso fazer olhos virarem luas, posso falar em paraísos e trevas, comparar políticos a atrocidades, comparar meu amor a uma flor, posso enfim alfabetizar um burro.
Enquanto não mudo de idéia, minhas dissertações estarão em greve, enquanto não confio em mim, minhas idéias estarão mudando e minha moleira aumentando... ou diminuindo, não sei.

Falta de criaticidade

Puta merda, estou com tamanha falta de criatividade, que acho que vou sonhar que estou caindo do abismo ou fazendo chichi! Tem sonho mais monótono?
Boa noite, vou sonhar!
Hum...

21 julho 2006

Boa noite

Então acabou-se mais um dia, como qualquer outro fim de dia, como qualquer começo será amanhã, como qualquer meio foi ontem e será, levanta, arruma, vai trabalhar, problemas, esporros, risos, brincadeiras, brigas, vou pro almoço, e tudo igual, diferente de ontem, mas igual, sempre igual, gostoso, mas igual. Tiro um cochilo, e não sonho, acho que por ter perdido a vontade de sonhar, perdi inclusive a esperança de ter esperança em sonhar. Volto do almoço pro trabalho, tudo igual de manhã, mas algo era diferente, em vez de voltar pro almoço, voltei pra esperar acabar o dia, igual ontem, igual amanhã.
Para acabar com tanta igualdade, resolvir escrever sobre isto, mas lembrei que já escrevi e já escreveram, então perdeu o tesão do diferente, então (novamente) como disse para minha mãe, minhas irmãs, BOA NOITE!








Meu Deus até isto (boa noite) foi igual!
Tentei achar uma foto diferente para colocar neste lugar, não achei, puts, que que eu vou fazer? Colocar foto comum?
Não, deixar igual... sem foto.

20 julho 2006

Mulher não voa

Loira é acusada de jogar filha de 5 anos pela janela do 6º andar, no julgamento explicou que foi influenciada por uma pessoa que disse a ela que "MULHER QUE NÃO DA VOA".

Pequena brincadeira que fiz, tá bom, eu sei que foi sem criatividade, mas é porque eu estava com vontade de escrever alguma coisa e estava sem inspiração, se você, leitor, se ofender com a brincadeira, favor me avisar, que excluo o texto na hora.

14 julho 2006

Birita para viver a vida

Vivêncio acordou como de costume, esquecendo de viver, abriu a geladeira, ligou a TV, não queria acordar, mas fazer o quê? Pegou o jornal, leu a notícia, era do ano passado, mas condizia com o presente, então não sentiu diferença, o desenho na TV também era diferente, comum e sem sal, sem sal estava o ovo que colocou no pão, então ainda sonolento, não percebeu que adoçou o almeléte e salgou o café. Mordeu o pão, sentiu náusea, bebeu o café como tira gosto, vomitou verde no chão. Encheu a boca de adoçante para tirar o gosto, lembrou que o liquido também tira a potência sexual máscula, cuspiu o que ainda não tinha engolido, olhou para a janela lançou o vidrinho, acertou uma velha. Está, que com toda razão ficou nervosa, foi sem prosa pra casa e chamou seu neto. Este, tomou as dores da vovó, foi no apartamento para bater sem dó. Não queria conversa, a briga, era desculpa pra bater em alguém, pois perdeu sua namorada pra ninguém, foi chamado de idiota.
Meteu o pé na porta, chutou de bico e se fudeu, machucou o dedão, gritou bostas, decidiu dar três leves toques. Em vez de agredir pediu remédio, foi atendido, quebrando o tédio de Vivencio, agora “médico”, que constatou que seu dedão estava deslocado.
A conversa desenvolveu, o assunto rendeu, a pinga desceu e chegaram a conclusão de que um estava pior que o outro. Começaram a rir, quebraram a casa inteira, penduraram na beira, gritavam, esperneavam, choravam. Cantavam um refrão, improvisado, perguntando quem estava mais desgraçado. Desceram foram na casa da vovó, encheram-na de pinga, o trio pé de cana saiu em direção à casa da solteirona, que também gosta da “manguáça”, e desce mais cachaça. A farra era geral, aos poucos formou um grupo de melancólicos felizes, a cidade parou para ver o inusitado, o grupo seguiu para o supermercado, lá tem mais cana gritou um deles, a bagunça foi geral, tinha “bebum” no freezer, outros comendo biscoito, outros molhando o biscoito, abraçando o gerente, alguns brincavam na esteira do caixa, a velhinha estava comendo um enorme salame acompanhado de amarula no bico, o manco estava amarrando um bife no dedão do pé machucado, sua ex-namorada beijando o bife e pedindo perdão, a polícia chegou, limpou todos, todos foram rindo, sem saber pra onde estavam indo.
O Vivêncio, estava vivendo o melhor de sua vida, descobriu-se na birita. Quando se deu conta, estava na cadeia, ao lado de um monte de gente triste e com ressaca, procurou a TV, procurou o café, sentiu a boca doer, pensou que deveria ser uma pancada de cassetete, viu o novo amigo mechendo no pé, perguntou o que houve, ninguém sabia, mas o guarda Adolbe, contou detalhes e aumentou com mentira, pra ficar mais interessante, o caso era alucinante. Alguns riam, outros choravam e depois de completamente sãos, foram libertados, Vivencio fez questão de beber de novo, mas desta vez, não foi acompanhado, viveu a sua vida bem, viveu alucinado.

13 julho 2006

Vira folha

Quem diria?
Quem disse?
Quem dirá?
Quem?
Ninguém
Ninguém é capaz
Porque se tiver alguém
ou "alguéns"
Esses alguéns
Já morreram
E morto não fala
O que tem na outra página

08 julho 2006

Horas e segundos

Estava preocupadíssimo com o trabalho, sabia que tinha esquecido alguma coisa, lembrou que o sentimento de esquecimento, já vinha como uma pedra no sapato há muito tempo. O sino de domingo da igreja bateu. Bateu uma aflição e levantou-se da cama, escovou os dentes lavou o sono do rosto, se vestiu com um de seus ternos, calçou o sapato, olhou para a mulher que ainda dormia, percebeu que depois de anos, a expressão da mulher não era a mesma, agora, olhos fundos e escuros dominava a beleza, boca semi-aberta, expressão de tristeza. Pensou isto tudo entre o “tic tac” do relógio, o “tac” o assustou e o fez lembrar dos compromissos. Maldito seja eu, que me distraio atôa, pensou.
Chegou no escritório com uma meta, lembrar do esquecido, ou perdido, perdido na memória ou na mesa, talvez no banheiro ou na gaveta, quem sabe um documento ou até uma caneta? Pensou em tudo o que podia ser, começou a vasculhar. Passou duas horas e meia no computador, nenhum arquivo, rearquivou suas três gavetas e nada, nadou em cima de sua mesa, seus olhos se encheram de desespero, passou a mão tremula em baixo do armário de lanche, só poeira, olhou todos os arquivos mortos, sem sucesso, os amaldiçoou, ignorou os toques do telefone, telefonou pro chefe que estava na pescaria, foi esculachado por nada, deitou-se no carpete, o desespero nasceu em seus olhos e desaguou. Mas ainda não acabou, insistiu. E foi procura a cura de sua fissura no banheiro e... Nada!
Voltou à mesa sem lágrimas nos olhos, ao invés, havia ódio fundido com dúvida, desespero e ânsia. Chutou a cadeira, lançou na parede o monitor, sua raiva não passava, isolou tudo o que estava na mesa, deitou sobre ela, sentiu algo lhe incomodando nas costas, pegou olhou para o alvo e lançou. Viu rodando e cortando o ar em rapidez alucinante, ao rodar conseguiu ver que era o porta retratos, nele a imagem de sua filha e mulher abraçadas, sem ele, pois na época estava ocupado para ir à reunião de família naquele domingo do ano que passou e ficou. Em cheio no alvo, o estrondo foi assustador, sustou sua dor, chorou novamente, o relógio na parede já marcava duas horas. Lembrou-se que no dia anterior foi seu aniversário de dezesseis anos de casamento, lembrou que sua filha marcou um almoço para comemorar seu aniversário de 15 anos, mas já eram duas horas, e se deu conta de que seu passado não tem passado, os momentos bons, eram relíquias, estavam mais para peça de museu, o almoço estava marcado para onze horas, o sítio era duas horas de viagem, ao todo cinco horas de atraso e no meio de tantas horas, houve 5 segundos. Cinco segundos do nono andar ao chão.

04 julho 2006


Bom está foto me inspira a fazer alguma coisa que ainda não pensei(por não ter inspiração) estranho né, então fica só foto mesmo.
Inté
Este blog é feito por eu, e lido por um leitor que finge ser um leitor pra eu achar que o leitor é ele. Na verdade ele é ou são três garotos que acham que aqui tem algo a ler.
Pequena brincadeira com o blog do Osmose Reversa. Abaixo o link deles
Inté

www.osmosereversa.blogspot.com

Obs: Nem sei porque eu coloquei o link deles, pois são só eles mesmo quem ler essa porra aqui! rereaAE